Olá mamães! Hoje vamos falar sobre aqueles alimentos que não devem ser oferecidos para os bebês durante a alimentação complementar. Alimentos “proibidos para bebês”! Isso porque o consumo deles pode trazer riscos para a saúde do bebê e ainda prejudicar o seu hábito alimentar e o aproveitamento dos nutrientes dos alimentos consumidos.
Lembrando que, o hábito alimentar da criança é formado ainda no início da introdução alimentar. Por isso, é muito importante estimular seu filho a ter uma alimentação variada e adequada. A alimentação complementar deve ser baseada na oferta de alimentos naturais como frutas, legumes, verduras, cereais e feijões além da proteína animal presente nas carnes que são excelentes fontes de ferro e de zinco. Assim seu bebê receberá uma variedade de nutrientes fundamentais para um crescimento saudável.
E não se esqueça, mesmo com o início da introdução alimentar, continue oferecendo o leite materno. Ele ainda continua sendo a principal fonte de energia e de nutrientes para a criança, e ainda fornece a proteção contra doenças e alergias.
Se você preferir, confira os vídeos que gravei sobre o assunto:
Vamos então ver quais são os alimentos proibidos para bebês, e que não devem fazer parte da alimentação complementar!
1 – Leite de vaca no 1º ano de vida
Não deve ser oferecido antes de a criança completar 1 ano de vida. Diferentemente do leite materno, o leite de vaca possui maiores quantidades de um tipo de proteína chamada caseína que é difícil de ser digerida pelo bebê, provocando cólicas e muito desconforto abdominal e ainda pode ocasionar alergia em algumas crianças.
Além disso, o consumo de leite de vaca nessa idade está relacionado ao aparecimento de anemias e baixo ganho de peso. Sendo assim, não ofereça ao seu bebê leite, iogurtes e queijos até completar 1 ano de vida. Após essa idade o consumo pode ser gradual, devendo dar preferência para o iogurte natural e queijos brancos pela facilidade de digestão, e o leite já pode ser usado em algumas preparações como mingaus, purês e bolos caseiros.
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2 – Açúcar / doces e guloseimas até os 2 anos
Os açúcares, assim como os doces e guloseimas, que são ricos em açúcar, não devem ser oferecidos para as crianças no início da alimentação complementar e até os dois primeiros anos de vida. O consumo de alimentos feitos à base de açúcar nessa idade está relacionado ao aparecimento cada vez mais precoce de obesidade infantil. Além disso, as crianças têm uma preferência inata pelo sabor doce. E a adição de açúcar pode fazer com que elas recusem alimentos mais naturais como as frutas e legumes, prejudicando a aceitação desses alimentos e a adesão a um bom hábito alimentar. Com o tempo, ela poderá se tornar um adulto com paladar infantil, com prejuízos à sua saúde.
Após os dois anos, o recomendado é que se use açúcar em pouca quantidade e como ingrediente de algumas preparações como bolos caseiros simples, que podem ser uma opção ao lanche da escola. Os doces, balas, biscoitos recheados e demais guloseimas e produtos industrializados ricos em açúcar devem continuar sendo amplamente evitados na alimentação infantil.
3 – Mel / xarope de milho no 1º ano de vida
O consumo de mel e xarope de milho é contra-indicado no primeiro ano de vida. Apesar de ser um alimento natural, tem sido relacionado à contaminação por uma bactéria prejudicial à saúde denominada de Clostridium botulinum que produz uma toxina causadora de uma doença grave conhecida como botulismo. Mesmo com o processamento térmico, essa toxina continua presente no alimento. Por esse grande risco à saúde dos pequenos, considero o mel um dos alimentos proibidos para bebês.
4 – Sal
O uso do sal no preparo dos alimentos deve ser feito com muita cautela. A quantidade adicionada no início da oferta dos alimentos tende a ter o seu sabor memorizado pelas crianças. Dessa forma, se for oferecido um alimento carregado no sal, e numa próxima vez o mesmo alimento estiver com menos sal a criança tenderá a recusar.
O consumo precoce do sal está associado a elevação da pressão arterial e consequente aumento do risco de doenças do coração na idade adulta. Como opção ao uso do sal podem ser utilizadas as ervas naturais como salsinha, cebolinha, alecrim, manjericão, orégano entre outros. Também não devem ser utilizados temperos industrializados ou condimentos prontos pois esses produtos apresentam em sua composição alto teor de sal, conservantes e outros edulcorantes que mascaram o sabor original do alimento.
Exemplos de temperos naturais que podem ser usados para reduzir a adição de sal nas preparações: alho, cebola, pimentão, tomate, limão, hortelã, coentro, noz-moscada, canela, cominho, manjerona, gergelim, páprica, endro, louro, tomilho entre outros.
5 – Enlatados / conserva / embutidos
Alimentos em conserva e enlatados, tais como palmito, picles e os embutidos como salsichas, salames, presuntos e patês, também podem ser fontes de contaminação pela bactéria Clostridium botulinum e assim provocar o botulismo e devem ser evitados. Esses alimentos são os que oferecem maior risco de veiculação alimentar dessa doença. Além disso, são ricos em diversos compostos químicos entre corantes e conservantes, e contém grande quantidade de sal e gordura e por isso também, podem ser considerados alimentos proibidos para bebês. Assim, evite esses produtos durante a alimentação complementar de seu filho.
6 – Chocolate
O chocolate é um alimento que deve ser evitado até o 2º ano de vida, e por isso pode ser considerado como um dos alimentos proibidos para bebês. Por ser rico em açúcares e também em gorduras, a oferta desse alimento deve ser evitada durante a fase de alimentação complementar. Quando oferecido ainda no primeiro ano de vida, o chocolate pode deixar o bebê agitado e ainda ocasionar cólicas e dores abdominais.
E após os dois anos, é recomendado que o consumo de chocolate não seja frequente, pois pode levar ao ganho de peso excessivo e prejuízos ao hábito alimentar da criança.
Além disso, o chocolate contém uma substância chamada de ácido oxálico que junto com o cálcio forma um composto que o organismo da criança não consegue absorver, reduzindo assim o aproveitamento desse nutriente tão importante para o desenvolvimento infantil.
7 – Achocolatados
São produtos ricos em açúcar, e por isso devem ser evitados. No segundo ano de vida, quando a criança já pode tomar leite de vaca, muitos pais acabam usando o achocolatado para dar sabor ao leite e acreditando que este produto torna a preparação mais nutritiva, mas não é isso que acontece. O excesso de açúcar no produto prejudica o hábito alimentar e ainda contribui para o desenvolvimento da obesidade infantil.
Além disso, quando usado em grandes quantidades o achocolatado também prejudica o aproveitamento do cálcio pelo organismo da criança, devendo por isso ser evitado durante toda a infância também.
8 – Café
Outro dos alimentos proibidos para bebês é o café. Ele contém grandes quantidades de cafeína em sua composição. E já se sabe que essa substância, quando consumida por bebês, provoca agitação, prejudica o sono adequado e ainda causa cólicas, refluxo e dores abdominais. Por isso, recomenda-se que durante toda a alimentação complementar não seja oferecido café para o bebê.
9 – Cacau em pó – até 9 meses de idade
O cacau é um ingrediente que também contém grandes quantidades de cafeína.
A presença de cafeína e de outras substâncias chamadas de fatores antinutricionais, ainda prejudicam a absorção e o aproveitamento de nutrientes fundamentais para as crianças, que são o cálcio, o ferro e o zinco.
Por isso, mesmo após os 9 meses o cacau deve ser usado com moderação e pode fazer parte de preparações culinárias como bolos caseiros por exemplo.
10 – Refrigerantes / sucos industrializados
Essas bebidas são ricas em açúcares e por isso devem ser evitados durante toda a fase de alimentação complementar e também na alimentação infantil. Os gases dos refrigerantes ainda são responsáveis pelo surgimento de cólicas intestinais e dores abdominais. Além disso, refrigerantes a base de xarope de guaraná e de cola contém quantidades importantes de cafeína, que pode deixar a criança agitada e causar desconfortos abdominais, refluxo, e ainda prejudicar o aproveitamento de nutrientes como cálcio, ferro e zinco na alimentação.
11 – Chás / mate
Os chás e o mate apresentam substâncias denominadas de taninos, que em contato com o ferro dos vegetais prejudica a sua absorção, aumentando assim o risco do desenvolvimento de anemia na infância. Por isso, deve ser evitada a oferta dessas bebidas nessa fase de alimentação complementar.
12 – Farinha láctea e cereais infantis
Esses alimentos industrializados são muito utilizados na introdução alimentar com o objetivo de engrossar as papinhas e por se acreditar que a adição deles torna a preparação mais rica em nutrientes.
Porém, é importante saber que esses alimentos são feitos à base de farinha e de açúcar, e quando adicionados tornam a preparação apenas mais calórica, conferindo pouca quantidade extra de nutrientes. Isso faz com que a criança ganhe peso, mas não necessariamente mais saúde.
Por isso, não há necessidade de usar esses alimentos durante a oferta dos alimentos complementares.
Outros alimentos proibidos para bebês:
Em função das crianças ainda estarem no início do seu desenvolvimento fisiológico e cognitivo, alguns alimentos devem ser evitados na introdução alimentar, pois aumentam o risco de acidentes por asfixia e engasgos.
Dentre eles podemos citar:
- Uva inteira.
- Pipoca
- Peixes com espinhas.
- Balas duras.
- Amendoim
Ficando por dentro dos “alimentos proibidos para bebês”, você irá evitar riscos à saúde do seu bebê. E além disso, contribuir para a promoção de hábitos alimentares adequados, o que é fundamental para um crescimento e desenvolvimento saudável.
Se você ainda ficou com alguma dúvida, deixe aqui em baixo nos comentários.
Até a próxima!