Olá meninas. O que você pensa quando ouve essa frase: “Ah mas eu comi e não morri!” ou então “Na minha época eu fazia assim com você e você tá aí super saudável e vivinha da Silva”.
Bom, não sei o que você sente, mas eu particularmente sinto uma angústia e até mesmo um certo desespero sempre que ouço frases semelhantes a essas.
Sabe por quê? Porque ao falarem isso, essas pessoas (normalmente nossas mães, avós ou pessoas de gerações anteriores às nossas) estão querendo justificar determinados erros alimentares que elas cometiam conosco e que persistem até hoje. E quando eu ouço ainda penso que de certa forma somos todos sobreviventes de uma alimentação infantil conduzida em sua maioria de forma inadequada.
Dificuldades alimentares perduram na vida adulta
Quantos adultos hoje em dia apresentam inúmeras dificuldades alimentares? Quantas pessoas vemos que não comem nenhum tipo de legumes ou não suportam frutas, mas ao mesmo tempo não vivem sem um doce ou “fast food”? Quantas pessoas não vemos diariamente lutando com a balança e fazendo sacrifícios na alimentação para perder peso? Se viu em algum desses exemplos?
Pois é! Hoje sabemos que os erros alimentares da nossa infância têm ligação direta com o excesso de peso, obesidade e maus hábitos alimentares ao longo da vida.
Sorte a nossa de termos tanto conhecimento disponível atualmente. Cabe a nós portanto escolher como usar esse conhecimento em benefício dos nossos filhos, sobrinhos e netos.
Vamos parar de criar sobreviventes e dar a oportunidade de nossas crianças crescerem com uma relação positiva com a alimentação. Dessa forma contribuímos para que essa próxima geração tenha menos problemas de saúde do que nós temos atualmente.
Tatiana Magri
Nutricionista Materno-Infantil
CRN-1/9875
Atendimento em Brasília-DF