Você aceita convênio? Porque não?
A decisão de aceitar ou não convênios de saúde não foi nada fácil. Mas o principal motivo que me fez optar por não trabalhar com planos de saúde foi poder garantir um atendimento de qualidade aos meus clientes. Todos sabem que o custo de uma sala ou consultório é elevado, e que além disso, também precisamos manter a qualidade dos atendimentos, e por fim ainda ter nossa remuneração.
Infelizmente, a realidade dos repasses dos planos de saúde no Brasil é muito injusta. O valor pago por consulta é muito baixo, não condizente com anos de investimento em nossas carreiras. Assim, ao atender por convênio, nos vemos obrigados a lotar a agenda o que faz com que os atendimentos sejam muito rápidos e de baixa qualidade, na maioria das vezes, pois é impossível conhecer detalhadamente um hábito alimentar, histórico de vida e ainda propor um plano alimentar específico e individualizado em um período de 15 a 20 minutos.
Prezando por um atendimento de qualidade e pelo sucesso do acompanhamento nutricional de meus clientes, a minha consulta é feita de várias etapas:
1 – Inicialmente procuro identificar o problema que levou a pessoa até a mim. Com isso conseguimos traçar o melhor caminho, para juntos acharmos uma solução.
2 – Para conseguirmos a solução buscada, é importante conhecer minuciosamente o seu histórico de vida, rotina de trabalho/estudos/ lazer/ família etc., pois a alimentação está de alguma forma relacionada a isso tudo.
3 – Após conhecer um pouco do seu histórico de saúde e rotina, é feita a avaliação nutricional, onde são coletados dados antropométricos e de composição corporal como peso atual, estatura, medidas de circunferência (braço, cintura, abdômen, etc.). No caso de gestantes, ainda é feita a avaliação do estado nutricional, onde classificamos o ganho de peso através de curvas padronizadas por semana gestacional e fazemos uma projeção do ganho de peso adequado ao longo de toda a gestação. Em crianças, são utilizados alguns índices como peso por idade/ peso por estatura/ IMC por idade / estatura por idade de forma a identificar a velocidade de crescimento, o que irá nortear também as estratégias nutricionais adequadas para cada caso.
4 – Após a avaliação nutricional, conduzo uma entrevista que tem como objetivo conhecer, detalhadamente, o hábito e a rotina alimentar individual e até mesmo da família. Nesse momento consigo identificar diversas situações que podem ser consideradas algumas das causas do problema enfrentado, e proponho mudanças de hábitos alimentares sempre que necessário.
5 – Por fim, proponho um plano alimentar que seja fácil de se adequar à sua realidade, tentando respeitar ao máximo sua rotina. Enquanto elaboramos o plano alimentar, procuro sanar as dúvidas quanto à adequação e combinação dos alimentos e refeições propostas. Considero que assim, seja mais fácil de se colocar realmente em prática tudo aquilo que foi proposto.
6 – Ao final da consulta é entregue o plano alimentar, com as substituições propostas e demais orientações e receitas que irão auxiliar na condução desse novo hábito alimentar, de forma a solucionar o problema enfrentado.
Todas essas etapas duram em média 1 hora, podendo se estender um pouco de acordo com a necessidade de cada cliente. Me mantenho ainda disponível por WhatsApp ou via e-mail e redes sociais para que possamos solucionar qualquer dúvida ou dificuldades ao longo de todo o acompanhamento.
Quais os cuidados na alimentação que eu preciso ter no diabetes gestacional?
A primeira atitude que as mulheres tomam quando recebem o diagnóstico de diabetes gestacional do seu médico obstetra é parar de consumir todos os alimentos que naturalmente incluem carboidratos em sua composição. A lista é longa, mas resumidamente se baseia na retirada do açúcar em primeiro lugar, e na exclusão de alimentos como pães de qualquer tipo, bolos, massas, macarrão, batata, frutas e até legumes como abóbora, cenoura e beterraba. Mas será que isso tudo é realmente necessário?
Ter diabetes gestacional não significa que você precisa ter uma alimentação super restrita e sofrida!
Você precisa aprender a escolher os alimentos adequados, mas principalmente saber como combiná-los numa mesma refeição. Conceitos como índice glicêmico de um alimento e carga glicêmica da refeição não podem ser deixados de lado, e são até mais importantes do que apenas deixar de consumir alimentos específicos.
São vários os fatores que contribuem para que a glicemia se mantenha controlada no diabetes gestacional. Por isso, é muito importante ter um acompanhamento nutricional específico ao longo de toda a sua gravidez.
Como faço para controlar meu peso na gestação?
Certamente o ganho de peso na gestação é uma das primeiras preocupações que a mulher tem quando descobre a gravidez. Quanto devo ganhar, o que comer, o que engorda etc. são algumas das dúvidas relacionadas ao ganho de peso na gestação.
Mas é importante saber que o ganho de peso é um processo natural e esperado na gestação. Toda gestante irá de alguma forma ganhar uns quilos extras nessa jornada. Porém, a recomendação de ganho de peso é diferente para cada gestante e depende de alguns fatores como o peso de antes da gravidez e a sua história clínica.
Sabendo que a gestação não é o momento de se fazer nenhuma dieta restritiva ou exclusão de alimentos ou grupos alimentares inteiros por conta própria, é fundamental que, após descobrir a gravidez, você seja orientada por um nutricionista especializado. Desta forma, você receberá as orientações adequadas para a adoção de um novo hábito alimentar que promova um ganho de peso adequado, sem prejudicar o aporte nutricional necessário para a sua saúde e para o crescimento adequado do seu bebê.
Ganhei muitos quilos na gravidez, como posso voltar ao meu peso normal?
Primeiramente é importante sempre lembrar que, assim como a gestação, o período pós-parto e de amamentação não é o momento de se fazer dietas restritivas e mudanças alimentares sem orientações adequadas.
Portanto, se você busca voltar ao seu peso de antes da gravidez, procure orientação específica e tire suas dúvidas. Uma alimentação inadequada durante a amamentação pode prejudicar a qualidade do leite materno, prejudicando a oferta de determinados nutrientes que estão presentes no leite e que são fundamentais para o crescimento do bebê.
Se por outro lado, por algum motivo você não amamenta ou não pode amamentar de forma exclusiva o seu bebê, o cuidado com a sua alimentação não deve ser esquecido. Com as mudanças na rotina que naturalmente ocorrem com a chegada de um bebê, a alimentação pode ser prejudicada. Por isso, uma avaliação comportamental detalhada é primordial para que se possa atingir os resultados buscados.
Sou vegana e estou grávida? O que devo saber?
Segundo a ADA (“American Diabetes Association”), “as dietas vegetarianas, quando bem planejadas, como todas as dietas devem ser, promovem crescimento e desenvolvimento adequados e podem ser adotadas em TODOS os ciclos da vida, inclusive na gravidez.” Portanto, é seguro ter esse tipo de alimentação durante a gestação, desde que sejam tomados cuidados importantes.
É preciso ter atenção ao consumo de nutrientes específicos como:
- Proteínas, que podem ser obtidas de forma exclusiva por alimentos de origem vegetal, sem prejuízos ao desenvolvimento do bebê.
- Cálcio, que está presente em outros alimentos e não apenas no leite e seus derivados. A deficiência de cálcio, assim como de magnésio na gestação, está associada com pré-eclâmpsia, desnutrição e osteoporose.
- Estudos mostram que se bem conduzida e equilibrada, a alimentação vegetariana pode fornecer a mesma quantidade de ferro e até mesmo maiores quantidades, quando comparada à alimentação à base de carne e alimentos de origem animal.
- Vitamina B12. É exclusivamente obtida em alimentos de origem animal. Portanto, veganos não consomem essa vitamina pela alimentação. Dessa forma, é necessário o acompanhamento por exames e, em caso de deficiência, a suplementação se faz necessária.
Estou com muita azia e enjoo na minha gravidez, como uma nutricionista vai me ajudar?
A gravidez é marcada por mudanças hormonais que são responsáveis pelo surgimento de sintomas como azia e enjoos, por exemplo. Mas o hábito alimentar adotado pela gestante pode promover alívio ou piora desses sintomas.
Ao avaliar detalhadamente o hábito alimentar da gestante, conseguimos identificar quais comportamentos alimentares podem ser modificados e quais devem ser incentivados para que a mulher não sofra com esses desconfortos.
Por isso, ao elaborar o plano alimentar, incluímos algumas estratégias alimentares que irão auxiliar no alívio desses sintomas e ainda garantir o aporte nutricional necessário para a manutenção da saúde da mãe e para o adequado desenvolvimento do bebê.
Estou grávida de gêmeos. E agora?
A descoberta de uma gestação já é uma grande emoção! Mas quando você descobre que são duas (ou mais) crianças a emoção se multiplica e as dúvidas também!
Será que tem diferença na alimentação durante a gestação de gêmeos em comparação a uma gestação de um só bebê? O que realmente é necessário? Vamos aqui esclarecer alguns desses questionamentos!
Uma alimentação adequada na gestação gemelar é de grande importância para:
- Reduzir as complicações obstétricas;
- Evitar o nascimento dos bebês muito prematuros;
- Evitar ganho de peso excessivo;
- Reduzir a retenção de peso pós-parto;
- Permitir um ótimo crescimento e desenvolvimento das crianças.
A gestação múltipla acaba exigindo um aumento das necessidades de calorias, proteínas e nutrientes específicos como cálcio, zinco, ácido fólico e ferro por exemplo.
Segundo o Ministério da Saúde (2012) as grávidas de gêmeos precisam de cerca de 300kcal a mais no dia em comparação as gravidas de um só bebê. E isso é facilmente obtido readequando as porções diárias de certos grupos alimentares como frutas, leguminosas (feijões) e leites e derivados, dentre outros alimentos.
Porém as quantidades recomendadas devem sempre ser avaliadas de forma individual e adaptadas ao seu hábito alimentar de forma a atingir as necessidades nutricionais da gestação gemelar.
Sinto fome o tempo todo na minha gravidez. O que fazer?
Uma das principais queixas durante a gestação é a fome! E que fome! Tem grávida que chega até mim e desabafa sobre a fome incontrolável que sente na gestação.
Se esse é o seu caso, fique atenta a essas dicas:
- Saiba conhecer o tipo de fome que você está sentindo – é fome de verdade ou uma fome emocional? Imagino que você deva estar pensando: existe diferença do tipo de fome? Sim, existe! No acompanhamento nutricional da gestação conversamos muito sobre isso! É muito importante aprender a identificar as sensações fisiológicas (fome de verdade) das vontadezinhas que batem ao longo do dia.
- Tenha uma rotina de refeições – procure estabelecer uma faixa de horários determinados para cada refeição do seu dia e ajuste com a sua rotina de trabalho.
- Não pule ou substitua as refeições principais. Aqui eu falo do almoço e jantar. Procure realizar essa refeição de forma completa em qualidade e quantidade adequada. Essas refeições fornecem nutrientes fundamentais para você e seu bebê. Ao pular ou substituir essas refeições, você naturalmente irá sentir fome mais cedo e a vontade de “beliscar” irá surgir com mais intensidade.
- Dê atenção aos alimentos fontes de fibras no seu dia. A fibras geram saciedade! Procure incluir alimentos integrais como a aveia ou sementes como a chia ou gergelim nos lanches ou faça receitas com esses ingredientes.