A Hipertensão arterial, também conhecida popularmente como “pressão alta”, é uma condição clínica cada vez mais presente na população. No Brasil ela atinge em torno de 36 milhões de indivíduos adultos e mais de 60% dos idosos. Também está relacionada direta ou indiretamente com 50% das mortes causadas por doenças cardiovasculares. Em função disso, para aumentar a conscientização sobre a importância de se prevenir e combater a pressão alta, no dia 26/04 acontece a “Campanha nacional de prevenção e combate à Hipertensão arterial”.
Quando a pressão está alta
A pressão alta é caracterizada por níveis de pressão arterial iguais ou superiores a 140 e/ou 90 mmHg (14/9). Caso o indivíduo apresente níveis de pressão arterial sistólica entre 120 e 139 mmHg e diastólica entre 80 e 89 mmHg, já pode ser classificado como pré-hipertenso. Ela é uma doença silenciosa, e por isso é fundamental o acompanhamento médico periódico. A associação da Hipertensão com outros fatores de risco como dislipidemia (alterações nos valores de colesterol), obesidade abdominal e diabetes aumenta consideravelmente as chances de ocorrer eventos como acidente vascular encefálico, infarto agudo do miocárdio, insuficiência cardíaca, doença arterial periférica e doença renal crônica.
O que fazer de imediato
De imediato, é muito importante que mudanças no estilo de vida sejam realizadas para prevenir e tratar a pressão alta no caso dessa doença já estar instalada. Um dos fatores principais é promover a perda de peso nos indivíduos que apresentem excesso de peso e/ou obesidade abdominal. Já se sabe que para cada quilo de peso perdido, há uma redução de aproximadamente 1mmHg nas medidas de pressão arterial. Além disso, a redução de peso contribui para o controle dos níveis de colesterol e da glicose plasmática, diminuindo o risco para doenças cardiovasculares como as citadas anteriormente.
O que comer para pressão alta
A mudança dos hábitos alimentares tem influência direta no controle do peso e da pressão arterial. Sabe-se que o alto consumo de alimentos ricos em sódio promove a Hipertensão. Sendo assim, é importante reduzir o consumo de alimentos processados e ultraprocessados como salames e queijos prontos, alimentos enlatados, biscoitos industrializados, refrigerantes, alimentos em conserva, molhos e temperos prontos. Isso porque esses alimentos apresentam diversos aditivos químicos contendo sódio na sua composição. Além disso, deve-se evitar o hábito de adicionar sal excessivo no preparo da comida do dia a dia.
Em vez disso, dê preferência a alimentos menos processados como carnes em natura, frutas e legumes, feijões, entre outros. Além disso, tempere sua refeição com temperos naturais como alho, cebola, salsa, cebolinha, manjericão, orégano e outros de sua preferência. Isso diminuirá o consumo de sódio e ajudará no combate à pressão alta.
O sucesso do tratamento nutricional da Hipertensão depende da adoção de um padrão alimentar saudável e sustentável. A opção por dietas radicais, restritivas ou focadas apenas no nutriente ou alimento específico não se mostra eficiente e na maioria das vezes resulta em abandono do tratamento.
Sendo assim, o acompanhamento nutricional especializado é muito importante para a prevenção da pressão alta e auxílio no tratamento dessa doença. Não deixe de procurar o seu nutricionista e de tirar suas dúvidas específicas. Esse profissional irá te auxiliar na mudança de diversos fatores dietéticos que irão reduzir os riscos à saúde relacionados com a pressão arterial.
Referências:
– 7ª Diretriz brasileira de Hipertensão Arterial. Arquivos Brasileiros de Cardiologia. Sociedade Brasileira de cardiologia. Volume 107, Nº 3, Supl. 3, Setembro 2016. Disponível em: http://publicacoes.cardiol.br/2014/diretrizes/2016/05_HIPERTENSAO_ARTERIAL.pdf